Tendências 2022 em Cultura de Inclusão

Sabe aquela máxima que RH gosta de falar em treinamentos? “Que você saia deste treinamento uma pessoa diferente daquela que entrou.” Pois vale para qualquer passagem de ciclo, não acha? Este ano não será como o que passou, se nós não formos as mesmas pessoas. Então precisamos apenas saber para que lado virar nossos lemes da mudança. O que seguir? O coração? A intuição? A sabedoria? Mirando na construção de uma cultura mais inclusiva como tendência na gestão de negócios para este ano, decidimos falar sobre aprendizados e expectativas, compartilhando com vocês a nossa visão sobre as tendências para 2022.

Segundo a Gupy, parceira da FourAll, diversidade segue como uma das principais tendências devido à “crescente preocupação das organizações em promover ambientes de trabalho mais diversificados nos quais haja espaço e igualdade para pessoas de diferentes culturas, ideias, etnias, vivências, condições físicas, gêneros e idades”. Mas o quanto será que essa preocupação bastou para mobilizar as organizações rumo à necessária mudança de cultura?

Uma pesquisa realizada pela FourAll no final de 2021 apontou que aproximadamente 30% das empresas já deram início à jornada de inclusão da diversidade e buscam continuidade com ações que mobilizem as pessoas rumo ao respeito. E outros 28% estão apenas começando seus movimentos. Então, aproveitem as dicas a seguir.

Ainda em 2021, a Josh Bersin Academy publicou um relatório que sugeria cinco estratégias essenciais para a excelência em gestão de Diversidade, Equidade e Inclusão.

1. Ouça, ouça e aja

2. Fortaleça as capacidades de RH em todas as funções

3. Envolva a liderança sênior e gere compromisso

4. Estabeleça metas e meça

5. Crie responsabilidade pelos resultados

O relatório apresentado ao final do ano com as tendências para 2022 já afirma que, apesar do trabalho árduo das lideranças diretamente envolvidas com DE&I, mesmo tendo ouvido, engajado, acompanhado e comprometido diferentes níveis das organizações, apenas 20% das empresas se responsabilizam totalmente pela inclusão da diversidade, tendo alcançado um patamar em que a cultura inclusiva é percebida por todas as pessoas que interagem com a organização, enquanto 40% ainda veem DE&I como uma questão de conformidade para evitar riscos legais, de reputação ou de conformidade; 24% estão seguindo a primeira sugestão – ouvindo pessoas colaboradoras, dando voz, abrindo espaços e agindo reativamente às demandas e pleitos, enquanto 16% percebem valor na gestão da diversidade e incluem o tema na agenda estratégica, focando seus esforços na construção de uma cultura mais inclusiva.

A boa notícia para quem chegou até 2022 ainda buscando uma trilha por onde direcionar os seus esforços pessoais ou liderar a jornada em uma organização, é que há muitas referências positivas onde buscar inspiração e acolhimento. Algumas lições do relatório da Josh Bersin:

  • A pandemia nos ensinou a ser mais flexíveis e permitir que as pessoas façam seu trabalho com mais autonomia e de novas maneiras.
  • A Liderança está mais centrada nas pessoas, disposta a acolher e respeitar a diversidade.
  • As pessoas valorizam um ambiente de trabalho mais positivo, acolhedor e inclusivo que favoreça o senso de pertencimento.

A Josh Bersin aposta que o tripé Diversidade, Equidade e Inclusão será reformulado como Pertencimento, Equidade e Inclusão. “Se as pessoas não se sentirem seguras, não serão produtivas, inovadoras ou confiáveis. Portanto, acima de tudo, como afirma claramente a hierarquia de necessidades de Maslow, precisamos criar um local de trabalho que seja seguro, solidário e inclusivo.” E nós sabemos que a segurança é percebida de maneira diferente por pessoas diferentes, por isso é importante que a escuta ativa seja uma constante para que a organização tenha um canal claro e confiável de comunicação com as pessoas colaboradoras e possa compreender seus anseios, respeitando a cultura e atendendo conjuntamente às demandas da sociedade. “Como nossa pesquisa descobriu, criar equidade e inclusão não se resolve contratando mais pessoas de cor ou promovendo mais mulheres para cargos de gerência. Embora tais ações sejam definitivamente partes importantes da solução, o maior problema é reformular a empresa como um local de trabalho inclusivo e de apoio”.

Em relatório direcionado para profissionais de RH, o Gartner reafirma que 35% das lideranças de RH pretendem priorizar ações de gestão da Diversidade, Equidade e Inclusão em 2022 porque existe cobrança por parte de consumidores, talentos e pessoas colaboradoras mas também porque é importante passar de uma tentativa de construção de responsabilidade coletiva para uma responsabilidade mais participativa e com gestão de consequências, que mostre claramente o impacto das ações de DE&I no resultado das organizações, através das pessoas.

Aqui na FourAll acreditamos que a busca por segurança e proteção é natural do ser humano e a consequência disso no nosso comportamento é que buscamos pertencer aos grupos com os quais convivemos. O que percebemos é que as pessoas já se sentem mais livres para mudar de grupos quando esse pertencimento não é percebido. Nem estamos falando da recentemente chamada “cultura de cancelamento”, mas cabe um paralelo entre este extremo e um outro, positivo, em que não nos deixamos apagar por uma cultura que não nos cabe. O que queremos mesmo é construir junto, fazer parte. Isso é o que tendemos a buscar, fazendo bom uso da autonomia e da liberdade já citadas aqui. Por tudo isso concordamos com a Josh Bersin quando une diversidade e pertencimento.

Gerenciar a diversidade é acolher as pessoas como elas são e deixar que construam seus caminhos alinhados aos da organização a que escolherem pertencer.

Se você ou a organização a que pertence está começando ou dando continuidade à jornada de inclusão, conte conosco! Lembre-se do nosso mantra: para construir uma cultura inclusiva, só existe um movimento mais importante que o primeiro: o próximo!

Vem para a FourAll em 2022!

Referências:

Blog da Gupy  https://www.gupy.io/blog/tendencias-rh-2022

Josh Bersin 2021 “ELEVATING EQUITY: THE REAL STORY OF DIVERSITY AND INCLUSION”

Josh Bersin 2022 “HR Predictions for 2022”

Gartner “Top Priorities for HR Leaders 2022”

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