Uma imagem descreve a importância do respeito à diversidade e nos faz refletir sobre o tema.
Em pesquisa recente da Deloitte, chama à atenção a preocupação da Geração Z com questões relacionadas à diversidade e inclusão, tema que não aparece entre as preocupações da Geração Y.
Outro dado interessante é o gap entre o que os jovens acham que as empresas fazem versus o que deveriam fazer em relação à D&I e outros temas, o que justifica (em parte) a descrença destes jovens nas organizações e a falta de confiança em seus executivos.
Vale ainda ressaltar a dissonância entre as opiniões dos jovens e dos executivos quando perguntados sobre quem seria responsável pelo desenvolvimento dos trabalhadores da Indústria 4.0: para os jovens, a responsabilidade recai sobre as empresas. Para os executivos, sobre os indivíduos. Com pontos de vista invertidos, a quem caberá a solução do dilema?
Seja como for, a pesquisa mostra um jovem mais cético, quase pessimista, mas bastante motivado a fazer a diferença no mundo em que vive.
E faz jus à saga do engajamento que as empresas vivenciam, querendo ser mais interessantes a cada dia para manter acesa a chama em seus colaboradores. A diversidade de perfis dentro de uma organização favorece o equilíbrio e pode ajudar a orientar estes profissionais (os jovens e mesmo os mais experientes) num momento em que pedem ajuda.
Como a diversidade ajuda?
Antes vamos entender o que é diversidade. Diverso é algo que difere de um padrão. Padrão é algo que eu reconheço como modelo. E modelo é algo a ser imitado, uma referência. Logo, diversidade é o conceito aplicado a tudo o que eu não reconheço como uma referência para os meus padrões. Não há referência para a diversidade, pois diverso é tudo o que eu não vejo, o que está além do meu campo de visão. E se não tenho um modelo, não alcanço e nem visualizo, como posso saber que existe e dar valor? Somente aceitando que sozinho não conseguirei fazer tudo e aceitando que a visão do outro complementa a minha.
Podemos entender que há diversidade nas gerações, gêneros, etnias, religiões e outras tantas questões relacionadas à bagagem do colaborador, que impactam na formação dos seus valores e na expansão de suas competências, habilidades e atitudes.
Sabemos que o ser humano é sempre capaz de aprender. E que cada um aprende de um jeito diferente, pois somos únicos. Mas quando nos dispomos a trocar e colaborar com os outros, valorizando os pontos de vista deles e acolhendo novas perspectivas, aprendemos mais.
No Japão existe um lugar incrível chamado Templo Ryoanji – mais conhecido, talvez, como Jardim das 15 Pedras. Neste belo jardim, há 15 pedras dispostas de maneira que, de onde quer que você esteja, somente 14 pedras ficarão visíveis para você. Neste caso, você sabe que são 15, pois este é o nome do jardim. Mas a única forma de identificar onde está a 15ª pedra, é perguntando a outra pessoa. O olhar do outro completa o seu.
E este é o valor da diversidade.
Se cabe à empresa suportar o desenvolvimento dos seus profissionais, também cabe ao indivíduo engajar-se em sua busca particular por um novo ponto de vista.